terça-feira, 13 de setembro de 2011

[Review] Dream Theater - A Dramatic Turn of Events








A banda americana Dream Theater lança seu décimo primeiro álbum hoje, mas, a data de lançamento não é o ponto chave aqui. A questão é tudo que esse álbum representa para a comunidade de fãs do metal, fãs da banda e para a própria banda. Para você que é fã de metal ou fã da banda e estava passando uma temporada em Marte, o super-baterista e membro fundador da banda, Mike Portinoy, abandonou o Dream Theater.  Muitos se perguntaram: “E agora? O que vai acontecer com o Dream Theater, já que o mestre das composições insanas saiu da banda?”.


Pois bem. O que aconteceu foi um micro reality show, postado em três episódios no YouTube, para escolher o novo baterista: Mike Mangini (Annihilator, Extreme, LaBrie e Steve Vai) foi o selecionado dentre inúmeros bateristas (inclusive Aquiles Priester, ex-Angra, participou) para preencher a vaga, ou melhor, o buraco negro deixado por Portinoy. E aí, a tensão subiu novamente: Será que Mangini tem níveis baterísticos suficientes para, no mínimo, fazer com que os fãs mais xiitas da banda não fizessem alarde? A resposta chegou no que pareceu ser, a primeira vista, o sucessor espiritual das obras primas “Scenes From a Memory” e “Images and Words”.

E de fato é.

O “A Dramatic Turn of Events” é, como o nome sugere, uma mudança dramática na banda, se olharmos os três últimos álbuns como referência. O som está bem mais pesado, cadenciado e melódico, bem diferente daquela faceta mais “caótica” e experimental que havia durante a era Portinoy. As diferenças já podem ser notadas logo de cara, na faixa “On the Back of Angels”, que tem uma pegada bem “Dream Theater”, mas ainda assim, consegue se diferir bastante dos últimos trabalhos da banda. Antes que digam qualquer coisa: Mangini é um gênio. Adaptou-se extremamente bem à pegada incomum do Dream Theater no pouco tempo que teve para isso, e mostra que é um verdadeiro monstro na bateria, mas é preciso lembrar: Mangini não é Portinoy, então não esperem muita maluquice e tempos muito quebrados.

Mas isso não quer dizer que a banda deixou de ser Dream Theater. Basta ouvir “Outcry” ou “Bridges in the Sky” para ter orgasmos musicais e identificar que de fato é o Dream Theater quem está tocando. Aliás, a faixa “Outcry” é a melhor do CD, lembrando muito os tempos mais áureos da banda, com uma linha instrumental bem trabalhada e com uma interpretação vocal bem feita.
Vale a pena citar também que James Labrie está melhor do que nunca! Basta ouvir a melodia mais lenta de “Far from Heaven” e ver o show de interpretação e canto que o canadense dá. É claro que os outros membros da banda não ficam atrás, como Rudess e Petrucci em seus duelos de solo Guitarra-Teclado pelo álbum todo, em especial “Breaking All Illusions”, que parece ter sido composta especialmente para os fãs mais fervorosos da banda.

Termino a resenha com dois comentários que farão guerra acontecer entre os fãs:
1 – Melhor CD do Dream Theater desde Scenes from a Memory
2 – Nota máxima!

Nota: ♫♫♫♫♫



Curtam a música que abre o álbum!

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