segunda-feira, 28 de novembro de 2011

The Skyrim Diaries 1 - Helgen, lar do Dragão.

O balançar da carruagem estava me deixando meio enjoado. Não, não sou o tipo de homem que fica enjoado de viagens e coisas do gênero, mas na situação que eu me encontrava, aquela situação... Me fazia ficar enjoado.


- Ei, acorde - disse o rapaz loiro, de frente para mim

A visão ainda estava meio turva. De onde eu vim? Mais importante, para onde eu vou - não, ainda mais importante - Quem sou eu... e porque diabos eu estava preso...? "Mas eu sou inocente", logo meu cérebro pensou. Hah, gênio mesmo não? Um bando de... Nordes. Ô, droga. Agora eu sei onde eu fui me meter. Estou... em Skyrim.
Enquanto eu me flagrava olhando a paísagem, o rapaz loiro novamente me abordou


- Ei, Bretão... você está bem? Parece enjoad..
- EI! Eu não sou um stormcloak! - Gritou o ruivo ao meu lado. A sua voz penetrou nos meus tímpanos. Fechei os olhos instintivamente e olhei para ele com cara de quem não gostou aquilo.
- Cale a boca, prisioneiro - um dos guardas, trajando uma armadura de couro, com roupas vermelhas, respondeu. Ele estava andando à cavalo, mais ao lado da nossa carruagem.

Onde eu já tinha visto isso? Argh... minha memória está tão bagunçada. 



- Helgen. - disse o homem loiro - Chegamos.

A cidade é bem como os livros descreviam as cidades de Skyrim: Casas feitas de pedra, telhados de palha e madeira. Conforme a carruagem andava, as pessoas nos olhavam com uma mistura agoniante de olhares, alguns de pena, outros de ódio, haviam inclusive os de curiosidade.
Os cavalos pararam e logo nos trataram de descer. Haviam vários homens e mulheres, trajando armaduras de couro e metal, com as vestes vermelhas. Não havia notado que além do Ruivo e do loiro, havia um homem de vestes mais nobres, amarrado como nós. Além disso, estava amordaçado.
Por Talos, o que estava acontecendo?



- Quando eu chamar seus nomes, aproximem-se - disse o norde de cabelos caídos e marrom

Primeiro, ele chamou... Ulfric Stormcloak, Jarl de Elmovento. Jarl de Elmovento... Agora tudo fazia sentido, pelo menos na minha cabeça! Os rebeldes Stormcloak foram emboscados. Eu estava apenas viajando e fui pego no meio da confusão... Hah, tenho que rir do meu destino mesmo.
Logo após o loiro grande foi chamado. Ralof de Madeirrio... Depois dele, Lokir de Rorikstead foi chamado. Pobre rapaz, tentou fugir e acabou morto. Flechada certeira na nuca.

- Você - disse o homem - aproxime-se. - Ele olhou na lista e olhou de volta com desconfiança - quem é você?

Como saí de Daggerfall e vim parar aqui? Tudo que eu me lembro é que eu sou um Bretão e vim de Daggerfall. Meu nome?
Acho que era Jus... Justion. Isso! Justion.
Mas a pergunta principal ainda não tinha sido respondida: Afinal, como saí de Daggerfall... e como fui capturado? Bom... Acho que isso não importa mais.



- Justion - eu disse, apenas
- Capitão - o Norde virou para uma Guardarubra ao seu lado, trajando uma armadura Imperial completa - Ele não está na lista... O que devemos fazer?
- Esqueça a lista - ela disse com a sua voz forte - ele se junta aos outros

Enquanto caminhava e me juntava aos outros prisioneiros, vi um imperial com uma armadura mais elaborada. Parecia alguma espécie de general, ou coisa do tipo. Estava falando com Ulfric. Disse coisas sobre usar gritos para matar alguém. Mesmo? Gritos? Bom, em Daggerfall já tinha ouvido falar desses... Thu'um, ou sei lá o nome disso. Mas despedaçar o rei com a voz é realmente surreal.


- Você causou essa guerra, Jarl de Elmovento, agora o Império tratará de recuperar a ordem em Skyrim...

E tudo que pode ser ouvido foi um barulho além das montanhas, atrás de onde seriam as execuções. Fiquei quieto e tentei identificar o barulho.


- O que foi isso? - Perguntou um dos guardas
- Nada, prossiga - disse o homem da armadura elaborada - Prossigam
- Sim, General Tulius - respondeu a Guardarubra

A sacerdotiza começou a nos dar nossas últimas preces, quando um dos Stormcloaks andou a frente e mandou parar com aquilo tudo. Antes de morrer disse que os seus ancestrais estavam sorrindo para ele... Deviam mesmo. O carrasco acertou em cheio o pescoço, dividindo a cabeça do resto do corpo.


- Próximo, o Bretão! - disse a capitã

Ah... Sorte dela que eu estava preso, e espero que ela esteja torcendo para que eu continue preso. Se eu me soltar, a última coisa que ela vai ver, é um lobo pulando em cima dela e arrancando suas tripas.
E enquanto eu pensava no que ia fazer com ela, se estivesse solto, novamente o barulho. Alguns começaram a imaginar que raio era aquilo. A capitã era destemida e logo mandou a execução continuar. Fiquei de joelhos e virei a cabeça para o carrasco. Era o fim.

Ou melhor, seria. Se não fosse um detalhe.



O barulho novamente ficou alto. Eu vi, asas majestosas pairando no ar, como se fosse um pássaro da morte vindo direto ao meu encontro. Vi quando a criatura voou mais baixo e pousou no topo da torre, mas custei para acreditar no que eu vi.
Pensei que eles tivessem sidos extintos muito tempo atrás, na época do primeiro imperador...

Era um Dragão.

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